segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Banimento das lâmpadas incandescentes em favor das fluorescentes: Uma besteira ecológica.

Banimento das lâmpadas incandescentes em favor das poluentes fluorescentes: Uma besteira ecológica.

Sou do tempo das lâmpadas incandescentes, que além de baratas poluíam pouco.

É verdade que as lâmpadas incandescentes consomem mais energia elétrica por fluxo luminoso (lúmen) e que iniciando em 2012 foram banidas do Brasil a fabricação e importação das potências mais elevadas chegando ao fim da comercialização das incandescentes de 60W agora em de 2014.

Essas lâmpadas consomem mais, mas o que poucos consideram é que as alternativas fluorecentes poluem muito mais!
Sim uma lâmpada incandescente pode ser reciclada, mas uma fluorecente polui com vários produtos químicos nocivos a saúde incluindo o mercúrio.

As lâmpadas fluorecentes são tão poluentes que precisam ser descartadas em lixos especiais e manejadas de forma especial.
"Ao romper-se, uma lâmpada fluorescente emite vapores de mercúrio que são absorvidos pelos organismos vivos, contaminando-os; se forem lançadas em aterro as lâmpadas contaminam o solo e, mais tarde, os cursos d'água, chegando à cadeia alimentar." Fonte: Ambiente Brasil

Já a economia de energia elétrica da iluminação residencial representa uma fração pequena do consumo residencial total 5,5% #2 que por sua vez é uma fração pequena (aproximadamente 26,3% #1) do consumo médio total de uma energia que é gerada 75,2% por usinas hidroelétricas e não poluentes, 0,9% eólicas, 6,3% biomassa. #1
Ou seja 5,5% multiplicado por 26,3% resulta em 1,44%.
Sabendo-se que essas poluentes lâmpadas com mercúrio representam uma economia média de aproximadamente 75% vamos supor o melhor caso em a economia pode chegar a 80% #3.
Multipliquemos então o 1,44% aos 80% de economia máxima da nova lâmpada.

Neste caso toda a poluição e transtorno gerados pelas trocas de lâmpadas para fluorescentes e banimento das incandescentes, segundo os dados citados pelas fontes abaixo, é para tentar 
economizar somente cerca de 1,15% do consumo elétrico nacional.

Para efeito de comparação notemos que a economia gerada pelo horário de verão, que é bastante contestado, em 2013 foi de 4,5% do consumo. #4 Contudo, seu maior efeito é diluir o horário de pico, evitando assim uma sobrecarga do sistema energético, o que justifica sua prática. #5




(#1 Dados do Anuário Estatístico de Energia Elétrica da EPE 2013 página 63 e 87).
(#2 Dados do Laboratório de Eficiência Energética em Edificações Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima Trindade - Florianópolis - Santa Catarina - Brasil)
(#3 Dados da Osram)
(#4 Matéria do G1)
(#5 Wikipedia)

Mas e os custos dessas lâmpadas fluorescentes?

Se pensarmos os custos na conta de luz a longo prazo as lâmpadas fluorescentes, (se durarem o que prometem as tabelas, o que na minha experiência pessoal raramente acontece), compensam para o bolso do consumidor, segundo a Abilumi, mas imagino que o bolso dos fabricantes de lâmpadas é que foram os mais beneficiados pela troca de um produto bom e relativamente limpo por outro bom e poluente, mas que custa de 8 a 10 vezes mais para a mesma função.

Então, na minha opinião, a pequena economia elétrica gerada pela substituição das lâmpadas incandescentes por fluorescentes não justifica a enorme poluição gerada com o descarte dessas lâmpadas no meio ambiente. E o banimento das incandescentes é uma grande bobagem ecológica.

Mas o que fazer com as lâmpadas fluorescentes queimadas?

De você não é aventureiro de eletrônica o recomendado é que você simplesmente descarte essas lâmpadas em pontos de coleta de lâmpadas. Nunca jogue no lixo comum uma lâmpada fluorescente, mas procure saber onde tem um local de coleta específico para essas poluentes lâmpadas em sua cidade.

Mas se você é um aventureiro ou um profissional de eletrônica veja minha postagem sobre como reciclar lâmpadas fluorescentes queimadas.


Autor: Luiz

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